Modernidade e Projeção

Um breve diagnóstico

Lousada é uma vila situada no coração do Vale do Sousa que dispõe de ferrovia e é cruzada por três autoestradas, gozando, portanto, de uma centralidade invejável.

Porém, não é menos verdade que, infelizmente, fruto de uma total ausência de estratégia socioeconómica por parte de uma gestão socialista que governa Lousada há 32 anos, o nosso concelho, entre os 80 concelhos mais populosos de Portugal (33 mil habitantes ou mais) é aquele onde se regista e verifica o menor índice de poder de compra per capita e o menor índice de rendimentos per capita. Lamentavelmente, Lousada é o segundo concelho mais pobre do distrito do Porto.

Acresce a tudo isto que, embora Lousada seja uma vila agradável para se viver, não oferece qualquer tipo de oportunidade de concretização profissional para os jovens. A esmagadora maioria da minha geração vê-se obrigada a emigrar ou a trabalhar noutros concelhos para ter uma oportunidade de carreira, visto que, se ficar por Lousada, irá auferir apenas o salário mínimo nacional dada a debilidade do tecido socioeconómico lousadense.

 

Urge parar, pensar e projetar

É nossa intenção aproveitar o posicionamento geográfico de Lousada, nomeadamente, o facto de estar entre duas academias de excelência, a Universidade do Porto e a Universidade do Minho e com elas alicerçar uma estratégia (de fio a pavio) para uma década.

Não esquecendo ainda que, embora todas as eleições sejam momentos de escolhas, este é um momento particularmente importante. Um momento em que temos a necessidade de compreender que os municípios hoje em dia, ironicamente, podem e devem cooperar e competir entre si: por talento e por investimento.

Projetar Lousada a uma década não pode ser desligado da constante necessidade de modernização como resposta a desafios tão presentes tais como a digitalização e a robótica.

Pensar Lousada a uma década deve contemplar a criação de uma estratégia articulada que pense cada fase da vida dos Lousadenses, passando pelos mais jovens até à velhice.

Pensar Lousada a uma década deve passar por colocar a ciência, o conhecimento e a inovação ao serviço da valorização territorial e ao serviço da valorização do nosso capital humano. Aquilo que defendemos para Lousada é o resultado da parceria estratégica entre o município e as academias que assenta num conjunto de políticas interligadas, tais como:

  1. Marketing territorial;
  2. Diversificação, modernização e internacionalização do tecido empresarial;
  3. Nova política fiscal adequada à atração do tipo de investimento que queremos;
  4. Política educacional e profissionalizante que qualifique os jovens lousadenses para as empresas que queremos atrair, preferencialmente de base tecnológica (portanto de futuro e com bons salários);
  5. Planeamento de uma moderna e ecológica rede de transportes movidos a hidrogénio que faça a interligação entre a rede ferroviária, as empresas e as necessidades de negócios familiares;
  6. Transparência e celeridade processual nos serviços públicos municipais;
  7. Criação de uma estrutura “plataforma” com as juntas de freguesia tornando todos os autarcas (mas mesmo todos) codecisores e corresponsáveis estratégicos do futuro lousadense.

Modernidade e projeção: esta é a estratégia que defendemos e que os jovens lousadenses precisam.