O futuro do país está naqueles que não se interessam

José Sócrates foi ilibado dos crimes que se mostravam ser mais humilhantes para o país, todos eles, ligados à corrupção, no cargo de chefe de governo. Relembrando que o ex-primeiro-ministro, foi secretário-geral do Partido Socialista, o mesmo partido que está, atualmente, no governo. E, o mais estranho, é que o primeiro-ministro, António Costa, foi ministro durante o governo de Sócrates, no entanto, diz que não ouviu, nem viu nada sobre os milhões de euros que desapareceram. Aliás, estranhamente, ninguém do PS, soube alguma coisa relacionada com o Sócrates, o que, na verdade, me parece impossível, já que passavam bastante do seu tempo, ou na Assembleia, ou em reuniões, mas claramente com o José Sócrates. Parece que, quando se falava no assunto, eles saiam da sala, para poderem dizer que não sabiam nada sobre o tema.

Há data de hoje, António Costa, ainda não fez nenhum tipo de declaração à cerca do seu colega, Sócrates. Mas, enquanto o país está estupefacto com a decisão judicial, o primeiro-ministro está como? Calado, sem dizer absolutamente nada sobre o assunto. A triste realidade é que, na verdade, ele não pode mesmo dizer nada, a popularidade do PS já está baixa, manifestações contra a corrupção, e a manifestação do Chega. Resumindo, ele está entre a espada e a parede.

Ora, tudo isto é extremamente preocupante para mim, e para todos os jovens. Como é possível um chefe de governo, acusado de corrupção, sair completamente ileso? Como é possível, António Costa, não se ter pronunciado sobre o assunto, ou pior, não reprovar publicamente, Sócrates?

Todas estas perguntas, fazem parte de um todo de questões, que formam uma opinião negativa sobre a política, nos jovens. O que é, claramente, muito prejudicial para o país. Isto é o que muitos não percebem, o futuro de Portugal não está nas pessoas que, neste momento, têm 50, 60 ou 70 anos, mas sim nos que têm 15, 20 ou 30 anos. Se os jovens não tiverem interesse pela política, não irá haver nenhum tipo de evolução na sociedade, com as mesmas ideias de há quase 3 ou 4 décadas. De uma forma mais simples, o futuro está nas mão daqueles que não se interessam. E não se interessam porquê? Simplesmente, porque ninguém lhes mostram que há razões ara haver interesse.

Com isto quero mostrar que, com tudo o que está a acontecer com o nosso país, e com a nossa sociedade, é imperativo que se mostre a todos nós, jovens, que a política é importante e um interesse para se ter. Caso contrário, temo que dentro de poucos anos, Portugal, possa descer, ainda mais, como democracia.